Fibrilação atrial: o que você precisa saber.

Se você ou alguém que você ama recebeu o diagnóstico de fibrilação atrial, pare tudo e leia isto com atenção. A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia comum, potencialmente grave, que exige avaliação por um especialista.

Ignorar palpitações, cansaço incomum, falta de ar ou episódios de tontura pode custar caro. Este texto explica o que um cardiologista especializado em arritmias cardíacas pode fazer por você para reduzir riscos e devolver qualidade de vida.

Como acontece a fibrilação atrial

A fibrilação atrial acontece quando os impulsos elétricos dos átrios (na porção superior do coração) ficam desorganizados, fazendo com que o coração bata de maneira irregular e muitas vezes rápida.

Isso pode se traduzir em palpitações que podem vir e ir, cansaço que aparece sem explicação, falta de ar ao subir um lance de escadas ou até episódios de desmaio. 

Em alguns casos, a fibrilação atrial é silenciosa e só é descoberta durante um exame cardiológico. A consequência mais temida é a formação de coágulos no interior do átrio, que podem viajar até o cérebro e causar um derrame (AVC), que pode ocasionar danos cerebrais com severas consequências, por isso o diagnóstico e a prevenção são urgentes.

Exames a serem realizados:

Existem três tipos diferentes de fibrilação atrial, cada tipo exige uma investigação diferente e um tratamento personalizado.

Quando um paciente chega ao consultório com sintomas ou com um exame que sugerem a fibrilação atrial, o especialista em arritmologia não perde tempo:

O primeiro passo é confirmar o diagnóstico e avaliar o risco imediato. Isso normalmente inclui eletrocardiograma (ECG) ou monitoramento mais prolongado (Holter 24 hs) quando o episódio é intermitente. Outros exames podem ser necessários conforme a avaliação do cardiologista.

Exames laboratoriais e uma revisão cuidadosa de medicamentos e comorbidades (hipertensão, diabetes, apneia do sono, doença coronária) fazem parte da avaliação inicial para traçar um plano seguro e eficaz. 

O que o especialista vai fazer por você

O objetivo do especialista em arritmias são claros: reduzir sintomas, prevenir complicações (principalmente AVC) e melhorar sua capacidade funcional. Para isso, ele atua em várias frentes, sempre personalizando o tratamento conforme idade, sintomas, duração da fibrilação atrial, presença de outras doenças, obesidade, uso de outras medicações e risco de sangramento entre outros aspectos.

Primeiro, o cardiologista decide se o foco inicial será controle da frequência (fazer o coração bater em uma velocidade segura) ou do ritmo (tentar restabelecer e manter o ritmo normal). Em muitos pacientes, controlar a frequência é suficiente para reduzir sintomas e estabilizar o quadro; em outros, especialmente quando a qualidade de vida está comprometida, tenta-se restaurar o ritmo sinusal por cardioversão elétrica ou farmacológica.

Quando necessário, o médico orienta e inicia a anticoagulação, um pilar do tratamento que reduz o risco de AVC em pacientes com FA. Essas decisões seguem diretrizes clínicas e são adaptadas ao seu caso específico. 

Além das medidas medicamentosas, há procedimentos que o especialista pode propor quando os fármacos não controlam bem a fibrilação atrial ou quando o paciente apresenta episódios recorrentes.

A ablação por cateter é uma técnica moderna em que áreas do tecido atrial que disparam sinais elétricos anormais são isoladas, reduzindo ou eliminando as crises. Para casos selecionados, a ablação pode proporciona alívio duradouro dos sintomas e diminuição da dependência de medicamentos.

Prevenção e acompanhamento

Tratar a fibrilação atrial é um processo contínuo. Depois de estabilizar o paciente, o cardiologista monta um plano de acompanhamento que inclui ajuste de medicações, monitoramento da anticoagulação (quando indicado), avaliação de efeitos colaterais e reavaliações periódicas.

Mudanças no estilo de vida e controle rigoroso de fatores de risco (como pressão arterial, diabetes, apneia do sono e controle de peso) também são componentes do plano e aumentam muito as chances de sucesso do tratamento. 

Quando procurar atendimento imediato

Algumas situações exigem ida imediata ao pronto-socorro: dor torácica intensa, falta de ar muito intensa, desmaio ou sinais de AVC (fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, perda visual súbita).

Se você estiver sob medicação anticoagulante e aparecer sangramento importante, procure socorro imediatamente e avise o médico que você está utilizando anticoagulante. Em ambiente de urgência, a equipe médica fará avaliações rápidas e medidas que podem incluir controle hemodinâmico, cardioversão emergencial e anticoagulação conforme protocolado para reduzir riscos de embolia. 

O que você pode esperar do especialista em termos práticos

O médico explicará claramente os prós e contras de cada opção (medicamentos, cardioversão, ablação, anticoagulação), apresentará metas de controle de sintomas e um plano de seguimento.

Além disso, o especialista orienta sobre sinais de alerta, adapta doses e escolhe o anticoagulante mais adequado para reduzir o risco de acidente vascular cerebral sem expor o paciente a risco desnecessário de sangramento.

Esse acompanhamento individualizado é o diferencial que transforma um diagnóstico assustador em um problema controlável. 

Se você quer uma avaliação séria, individualizada e baseada nas diretrizes mais recentes, e quer agir agora, sem perder tempo, entre em contato com o Dr. Cidio Halperin. Agende sua consulta para avaliação clínica, exames complementares e um plano de tratamento pensado para o seu caso.

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