Consulta cardiológica: Como se preparar?

Uma boa preparação para a consulta cardiológica é um investimento na sua saúde.Levar documentos, exames, uma lista de sintomas e perguntas bem organizadas permite que o cardiologista faça um diagnóstico mais preciso e rápido. 

Pequenas atitudes, como manter um diário de sintomas, organizar as medicações e agendar exames com antecedência, transformam a consulta em um passo concreto rumo a um coração mais saudável.

Este guia prático mostra, passo a passo, como se preparar antes, durante e depois da consulta cardiológica.

Por que preparar-se para a consulta cardiológica é importante

Uma consulta bem preparada permite que o cardiologista tenha acesso a informações completas e objetivas, como histórico, medicações, exames prévios.

Por um lado, fica mais fácil que o médico identifique sinais e sintomas-chave que você talvez não associaria ao coração.

Por outro lado, o cardiologista evita solicitar exames complementares que já foram feitos e consegue planejar um tratamento personalizado com maior agilidade.

Preparar-se não significa estudar medicina, significa trazer dados organizados e ter clareza sobre seus próprios sintomas e hábitos. Isso economiza muito tempo e melhora a qualidade do atendimento.

Antes da consulta: o que levar?

Levar os itens certos para a consulta cardiologista pode ser decisivo. Leve:

  • Documento com foto (RG, CNH ou outro);
  • Cartão do convênio (se houver);
  • Relatórios e exames anteriores (ECG, ecocardiograma, holter, MAPA, exames de sangue recentes). Mesmo resultados antigos ajudam a entender a evolução;
  • Lista de medicações: nome, dosagem e horários. Inclua remédios de farmácia, fitoterápicos, vitaminas e suplementos;
  • Lista de alergias e reações a medicamentos;
  • Registro de sintomas: quando começaram, frequência, intensidade, fatores que aliviam ou pioram;
  • Dados familiares relevantes: doenças cardíacas na família, como infarto precoce em parentes, cardiopatias e arritmias;
  • Exame físico recente (se tiver) e histórico de cirurgias ou internações;
  • Caderno ou app para anotar as respostas das perguntas que você quer fazer ao médico.

Faça um diário simples dos seus sintomas

Alguns minutos por dia, por 1 ou 2 semanas, podem fornecer informações valiosas. Anote:

  • Tipo de sintoma, como dor no peito, falta de ar, palpitação, tontura;
  • Horário de início e duração;
  • Intensidade (escala de 0 a 10 ou palavras leve, médio ou intenso);
  • O que antecedeu o sintoma (esforço, repouso, alimentação, estresse);
  • Se melhorou com repouso ou medicação;
  • Frequência por dia ou semana.

Esses padrões ajudam o cardiologista a distinguir problemas agudos de crônicos e a priorizar exames.

Perguntas essenciais para levar à consulta

É fácil esquecer o que perguntar quando estamos nervosos. Aqui estão perguntas úteis que você pode adaptar:

  • Qual é a causa provável dos meus sintomas?
  • Quais exames você recomenda e por quê?
  • Preciso interromper ou ajustar minhas medicações antes dos exames?
  • Que sinais exigem atenção imediata?
  • Que mudanças no estilo de vida você recomenda?
  • Existe risco de cirurgia ou procedimento? Quais são as alternativas?
  • Quando devo retornar para revisão?

Escreva suas perguntas e marque as prioridades, de 1 a 3. Assim você garante que os assuntos mais importantes não fiquem de fora.

Medicações, jejum e preparação para exames.

Alguns exames exigem orientações específicas:

  • Eletrocardiograma (ECG): geralmente não exige jejum. Evite cremes e óleos na pele do tórax no dia;
  • Ecocardiograma: não costuma exigir jejum; use roupa confortável;
  • Teste ergométrico (esteira): siga as orientações do médico quanto a suspender betabloqueadores ou outros medicamentos que alterem frequência cardíaca. Use calçado adequado;
  • MAPA (monitor de pressão 24 horas) e Holter (monitor de ECG de 24 a 48h): mantenha uma rotina normal e traga roupas largas. Evite banho prolongado enquanto o equipamento estiver preso (o profissional instruirá);
  • Exames de sangue: pode ser necessário jejum, normalmente de 8 a 12 horas, para glicose e perfil lipídico. Confirme com o laboratório ou com o cardiologista.

Importante: não pare medicações por conta própria. Interromper remédio sem orientação médica pode ser perigoso. Se houver necessidade de suspender algo, o médico explicará como e por quanto tempo.

Como se vestir no dia da consulta

Prefira roupas confortáveis e fáceis de remover para permitir o exame físico do tórax e a colocação de eletrodos (ECG). 

Camisas com botões ou blusas soltas facilitam a avaliação. Evite joias ou acessórios que possam atrapalhar a aplicação de equipamentos.

O que esperar durante a consulta cardiológica

A consulta costuma seguir algumas etapas básicas:

  1. Anamnese: perguntas sobre sintomas, histórico familiar, hábitos (tabagismo, álcool, prática de exercícios, sono), comorbidades (hipertensão, diabetes, dislipidemia);
  2. Exame físico: aferição de pressão arterial, ausculta cardíaca e pulmonar, busca por sinais de insuficiência (inchaço nas pernas, estertores pulmonares);
  3. Revisão de exames: análise de ECG, exames laboratoriais e imagens anteriores;
  4. Solicitação de exames complementares: quando necessário, o médico pedirá ECG, ecocardiograma, teste ergométrico, Holter, MAPA ou exames de sangue;
  5. Plano terapêutico: orientações sobre medicações, mudanças de estilo de vida e acompanhamento;
  6. Esclarecimento de dúvidas: momento para você perguntar: use sua lista!

Exames cardiológicos comuns: explicação rápida.

  • Eletrocardiograma (ECG): registra a atividade elétrica do coração. É rápido e indolor;
  • Ecocardiograma: ultrassom que mostra estrutura e função cardíaca (válvulas, músculos);
  • Teste ergométrico (esteira): avalia a resposta do coração ao esforço. Útil para diagnosticar isquemia em pacientes selecionados;
  • Holter de ECG: monitor portátil que registra o ritmo cardíaco de 24 a 48 horas;
  • MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial): registra pressão arterial ao longo de 24 horas para avaliar hipertensão;
  • Exames de sangue cardíacos: colesterol, glicemia, função renal, e marcadores quando há suspeita de lesão miocárdica.

Dicas para acompanhantes

Ter alguém junto pode ser útil, especialmente para idosos ou pacientes ansiosos. O acompanhante pode ajudar a lembrar informações e perguntas.

O acompanhante pode anotar recomendações do médico e auxiliar no deslocamento após procedimentos ou se o paciente estiver fraco.

Após a consulta: como organizar e seguir o plano.

Anote as orientações e, se possível, digitalize ou fotografe prescrições e pedidos de exames.

Para não procrastinar, agende em seguida os exames e o retorno. Siga as indicações das medicações corretamente e use organizadores de comprimidos ou alarmes no celular.

Acompanhe de perto os sintomas e procure continuar com o diário para levá-lo nas próximas consultas.

Busque apoio para mudanças de estilo de vida. Nutricionista, personal trainer e grupos de apoio podem ajudar muito nessas horas.

Se você está preocupado com algum sintoma ou quer fazer um check-up preventivo, agende uma consulta com o Dr. Cidio Halperin para ter uma orientação médica clara e suporte para toda a família.

Clínica Cidio Halperin

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Porto Alegre/RS