Sofrer com palpitações, coração acelerado ou até episódios de desmaio pode despertar preocupações sobre o funcionamento do seu coração.
Embora o termo “arritmia” costume soar alarmante, existem diversos recursos, desde ajustes no dia a dia até intervenções de alta tecnologia, que ajudam a controlar ou até eliminar essas alterações do ritmo cardíaco.
Neste post, vamos apresentar um panorama das opções de tratamento de arritmia cardíaca — para descobrir o que pode ser feito no seu caso; continue lendo.
O que é arritmia cardíaca?
A arritmia acontece quando o coração deixa de bater de forma regular, seja por acelerar demais, por retardar ou por apresentar batimentos irregulares.
Isso ocorre quando o sistema elétrico que coordena o ritmo cardíaco sofre alguma alteração, interferindo na eficiência do bombeamento de sangue pelo corpo.
Sintomas mais comuns
- Palpitações: sensação de batimentos acelerados ou “falhas” no coração.
- Tontura ou desmaios (síncopes): podem resultar de quedas abruptas na frequência ou na pressão arterial.
- Fadiga: especialmente em arritmias mais persistentes, quando o fluxo de sangue fica comprometido.
- Fibrilação atrial: tipo de arritmia que frequentemente causa sensação de tremor no tórax e aumenta o risco de AVC.
Esses sintomas variam em intensidade e duração. Muitas vezes, uma avaliação cardiológica completa, incluindo eletrocardiograma (ECG) ou monitorização contínua, é necessária para confirmar o diagnóstico.
Classificação das arritmias
- Taquicardias: quando os batimentos aumentam acima de 100 bpm em repouso, como na taquicardia supraventricular paroxística.
- Bradicardias: frequência abaixo de 60 bpm, o que pode causar cansaço e tontura.
- Fibrilação atrial: batimentos rápidos e descoordenados dos átrios, associado a riscos de trombose.
- Extrassístoles (disparos no coração): batimentos “extras” ocasionais que, isoladamente, em geral não representam perigo.
Como é feita a avaliação diagnóstica?
A investigação de uma suspeita de arritmia inclui:
- Eletrocardiograma (ECG): exame de primeira linha para registrar o ritmo e a condução elétrica do coração.
- Holter 24 h ou 48 h: monitorização prolongada para capturar eventos intermitentes.
- Teste de esforço: avalia o comportamento do coração durante atividade física.
- Monitor de eventos (loop recorder): dispositivo implantado para monitoramento de longo prazo em casos de sintomas raros.
- Ecocardiograma: avaliação estrutural e funcional do coração.
Esses exames permitem definir o tipo exato da condição e orientar o melhor plano de tratamento de arritmia cardíaca.

Opções de tratamento de arritmia cardíaca
Mudanças no estilo de vida
Antes de recorrer a intervenções mais complexas, pequenas alterações podem fazer grande diferença:
- Controle do estresse: técnicas de relaxamento, yoga ou meditação podem reduzir crises de palpitações;
- Exercício físico regular: fortalece o músculo cardíaco e melhora a regulação do ritmo, sempre com orientação médica;
- Cuidado com estimulantes: cafeína, álcool e tabaco podem desencadear ou agravar arritmias.
Essas medidas costumam acompanhar qualquer outra forma de tratamento de arritmia cardíaca.
Medicamentos antiarrítmicos
Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, o uso de medicamentos antiarrítmicos pode ser indicado para restabelecer ou manter o ritmo cardíaco normal.
Betabloqueadores atuam desacelerando os batimentos, enquanto bloqueadores de canais de cálcio interferem na condução elétrica.
Para quadros mais complexos, drogas da classe III, como a amiodarona, são capazes de modular de forma mais intensa a atividade elétrica do coração.
O seguimento rigoroso, com exames de sangue e ECGs periódicos, serve para ajustar doses e detectar possíveis efeitos colaterais.
Cardioversão elétrica
Procedimento rápido, realizado com sedação, em que choques elétricos controlados restabelecem o ritmo normal. Indicada principalmente em fibrilação atrial persistente ou taquicardias refratárias aos medicamentos.
Ablação por cateter
Técnica minimamente invasiva em que um cateter leva energia (crioablação ou radiofrequência) até pontos do coração responsáveis pela condução anormal, “desligando” o foco da arritmia cardíaca.
- Alta taxa de sucesso: especialmente em taquicardias supraventriculares e alguns casos de fibrilação atrial.
- Recuperação rápida: geralmente três a cinco dias para retornar às atividades normais.
Implante de dispositivos eletrônicos
- Marcapasso: indicado em bradicardias graves, mantém o coração batendo em frequência adequada.
- Cardioversor-Desfibrilador Implantável (CDI): combina marcapasso com desfibrilador para pacientes de alto risco de parada cardíaca súbita.
- Dispositivos de monitoração implantáveis: registram eventos raros por longo prazo.
Cada tecnologia é escolhida conforme o tipo de arritmia, a gravidade e as condições clínicas do paciente.
Acompanhamento e prevenção de complicações
Mesmo após o controle da arritmia, é vital manter consultas regulares, realizar exames de rotina e seguir orientações sobre anticoagulação (no caso de fibrilação atrial) para reduzir riscos de acidente vascular cerebral.
A adesão ao plano de tratamento de arritmia cardíaca e a comunicação aberta com o cardiologista são determinantes para qualidade de vida a longo prazo.
Para orientação e acesso às tecnologias mais avançadas, entre em contato com a Clínica Cídio Halperin. Estamos prontos para acompanhá‑lo em cada etapa do tratamento de arritmia cardíaca.
Hospital Moinhos de Vento
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